[Filmes] Tudo e Todas as Coisas





Filme: Tudo e Todas as Coisas
Diretor(a): Stella Meghie
Distribuidora: Warner Brows

Duração: 1h37min
Lançamento: 15 de junho de 2017
Classificação: Livre

Maddie (Amandla Stenberg) está prestes a fazer 18 anos, mas ela nunca saiu de casa. Desde a infância, a jovem foi diagnosticada com Síndrome da Imunodeficiência Combinada, de modo que seu corpo não seria capaz de combater os vírus e bactérias presentes no mundo exterior. Ela é cuidada com carinho pela mãe, uma médica que constrói uma casa especialmente para as necessidades da filha. Um dia, uma nova família se muda para a casa ao lado, incluindo Olly (Nick Robinson), que se sente imediatamente atraído pela garota através da janela. Maddie também se apaixona pelo rapaz, mas como eles poderiam viver um romance sem se tocar?




Maddie nunca saiu de dentro de casa, uma casa toda projetada para ela e suas necessidades, feita de vidro, semelhante a um aquário, é o mais próximo que a garota consegue chegar da vida externa, através dessas paredes de vidro. Ela segue sempre a mesma rotina, com remédios, monitoramento diário de seus sinais vitais, e para se distrair, livros, internet, música e um curso online de arquitetura, no qual ela aprendeu a montar maquetes muito bem elaboradas.

As únicas pessoas com quem ela tem contato e que são autorizadas a entrar na casa são, sua mãe e médica, sua enfermeira e a filha da enfermeira, que acaba sendo a única amiga de Maddie. Até que Olly se muda, eles se apaixonam, e a menina decide que prefere arriscar tudo a não ter se quer uma chance de estar com ele.







O filme, de maneira geral é leve, estilo sessão da tarde, um romance bem adolescente, daqueles com uma linha tênue entre inocente e cheio de descobertas. Apesar de a protagonista ter uma doença, a trama em si não gira só em torno disso. É trabalhado mais o aspecto das descobertas, do fato de se arriscar, da primeira vez que ela sai de casa, deixa o ninho e decide viver, como ela mesma diz em outras palavras, mais vale um dia vivendo de verdade do que uma vida inteira anestesiada e trancada vendo a vida pelas paredes de vidro.

Como eu disse o aspecto da doença da menina não é muito explorado, foi tratado de maneira bem superficial, mesmo quando ela tem uma crise, é tudo muito rápido.
Acompanhamos tudo pelo único olhar de Maddie, um olhar deslumbrado de quem tá vendo o mundo pela primeira vez. Assim, as cenas externas, fora da casa, são incríveis, acompanhadas de uma trilha sonora a altura, tornando tudo muito envolvente e encantador.

Olly é um garoto encantador, mas com muitos problemas familiares, o que o torna um tanto triste e melancólico, e entendemos como, para Maddie, foi fácil se apaixonar por ele mesmo que a distancia. Achei uma pena não ter sido mais explorado a vida dele, esse lado familiar e todos os problemas que ele vivia, adoraria ter conhecido mais a fundo o personagem.






Enquanto eles se relacionam via sms, e-mail e até bilhetes na janela, Maddie que vai se apaixonando, começa a sonhar acordada com o garoto, e temos entre as cenas, flashs desses devaneios, onde aparece um astronauta, que é meio que um amigo imaginário da garota.
Achei bonitinho também as animações na tela enquanto eles trocam mensagens, deu uma leveza e descontração a historia.

No entanto, o desfecho da história revela um segredo nada agradável, e que não teve uma solução satisfatória pra mim. Entendo que talvez, o intuito foi falar de perdão, - mas sem querer dar spoiler aqui – um crime grave foi cometido, e não sei se intencionalmente ou não, mas o roteiro faz com que o ocorrido passe como se não fosse nada demais, sem uma punição adequada para a monstruosidade cometida, o acontecimento é reduzido a nada.

Esse foi o único ponto que me incomodou, e assim que vocês assistirem – os que ainda não leram o livro – vão entender do que estou falando.

Fora isso, o elenco, produção, trilha sonora estão de parabéns, é realmente um filme doce, leve e encantador.

Recomendo que assistam e vivencie a experiência por conta própria.



Jaqueline Silva
Carioca, mãe, apaixonada pela família e amigos, viciada em Coca-Cola, chocólatra, apaixonada por livros e filmes, estudante de enfermagem e blogueira nas horas vagas.
Amo blogar e tudo o que a literatura me trouxe. Pra mim ler é poder viajar sem sair do lugar.

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