[Resenha] Cujo, Stephen King


Livro: Cujo
Autor(a): Stephen King
Editora: Suma de Letras
Páginas: 376
Adquira: Saraiva | Livraria da Cultura | Buscapé

Livro cedido através da parceria com a editora


Frank Dodd está morto e a cidade de Castle Rock pode ficar em paz novamente. O serial-killer que aterrorizou o local por anos agora é apenas uma lenda urbana, usada para assustar criancinhas. Exceto para Tad Trenton, para quem Dodd é tudo, menos uma lenda. O espírito do assassino o observa da porta entreaberta do closet, todas as noites. Você pode me sentir mais perto… cada vez mais perto. Nos limites da cidade, Cujo – um são Bernardo de noventa quilos, que pertence à família Camber – se distrai perseguindo um coelho para dentro de um buraco, onde é mordido por um morcego raivoso. A transformação de Cujo, como ele incorpora o pior pesado de Tad Trenton e de sua mãe e como destrói a vida de todos a sua volta é o que faz deste um dos livros mais assustadores e emocionantes de Stephen King.





Esse foi meu primeiro contato com a escrita de Stephen King, claro que já conhecia o autor de ouvir falar e de ver tantos filmes baseados em suas obras, afinal, eu amo um bom terror! Eu sempre resisti um pouco aos livros do King pelo tamanho, desculpem-me, mas assusta a grossura dos livros dele! – e quando vi esse que é razoável em seus números de paginas, pensei: “Porque não começar por este aqui!?”. E assim eu fiz, e caramba, por que não comecei antes. Rsrs Bom, vamos a resenha!


Cujo é um São Bernardo de quase 90 Kg, gigantesco e de uma doçura sem fim! Todos na cidade conhecem e sabem o quanto o enorme cão da família Camber é dócil e bobo, logo, ninguém espera o que está por vir.


"Cujo abriu caminho sem dificuldade pela grama alta do campo norte, aproximando-se ocasionalmente de um ou outro pássaro, sem se dar ao trabalho de começar nova perseguição. Já tinha feito a caçada do dia e seu corpo se lembrava disso, embora o cérebro, não. Aos cincos anos de idade e com quase noventa quilos, era um são-bernardo no auge e agora, na manhã de 16 de junho de 1980, em estágio pré-raivoso."

[Pág. 33]


A família Trenton, composta por Donna, Vic e Tad, mudaram-se para o Maine para que Vic, junto com seu melhor amigo Roger, pudessem tocar sua própria agência de Publicidade. A princípio Donna odeia a ideia de se mudar para o meio do nada, o que gera uma fase bem difícil para o casamento deles.

Entediada e infeliz com a vida que está levando, Donna termina se envolvendo com um cara extremamente agressivo e descontrolado. Quando ela decide por fim ao breve caso, o carinha fica louco da vida e decide não deixar barato. O desejo de vingança do ex-amante acarreta ainda mais problemas para a família.


"Ele sabe, pensou Donna.

[...] Agora não havia mais segredo. Ela ficou se perguntando se era coisa de Steve ou se Vic havia descoberto por conta própria. Tinha quase certeza de que havia dedo de Steve na história, mas isso já não importava mais."

[Pág. 104/105]


Durante esse período, Vic precisa sair da cidade, em uma viagem de trabalho, onde ele e o sócio precisam passar duas semanas em Nova York. Donna então decide ela mesma levar seu carro problemático ao único mecânico da cidade, Joe Camber. Mesmo com pequenos e sutis “avisos” de que não era uma boa ideia ir até lá, ela pega seu pequeno filho, Tad, e vai pra oficina de Joe. Mas o que ela não sabe, é que o pesadelo de seu filho tornou-se real e esta lá, aguardando por eles.


"Cujo saiu da oficina de Joe Camber. Donna olhou para ele, prendendo a respiração. Era o mesmo cachorro.

Era Cujo, mas...


Mas, ai, meu

(ai, meu Deus)

Os olhos do cão se cravaram nos dela. Estavam vermelhos e reumáticos. Soltavam alguma substância viscosa. O cachorro parecia estar chorando balas de goma. O pelo castanho estava duro, misturado com lama e...


Sangue, aquilo é

(é sangue, sangue, Jesus Cristo)".


[Pág. 170]


Os momentos de terror e desespero que Donna e Tad são submetidos a partir daí, são intensos. E eu como mãe, me senti na pele dela durante todo momento, e me desesperei!!! As poucas - ou nenhuma - opções que Donna tinha, o desespero de tentar se salvar e também ao filho. O medo de que algo aconteça a ela e o filho fique ali, sozinho, são pensamentos que torturam a Donna o tempo todo, fora os demais fatores existentes ali, que tornam toda a situação ainda mais difícil e insuportável.

A história trás o bom e famoso terror tradicional de SK, mas também trás o drama de duas famílias que se despedaçam de várias formas.

A narrativa de King é fantástica, e ao mesmo tempo em que estamos na cabeça de Cujo, também estamos na cabeça de cada um dos demais personagens. Sim, achei o máximo poder saber o que se passava na mente, primeiro dócil e depois perturbada do cão. Tornou a leitura ainda mais rica e intensa.

Quanto essa edição da Suma, está simplesmente maravilhosa!!! Com a capa dura e de aspecto emborrachado e seus baixos relevos deu um ar luxuoso ao livro. As folhas são amareladas e a fonte num tamanho ótimo o que deixa a leitura confortável.

Bom, preciso dizer que virei fã de carteirinha da escrita de SK!? Afinal, fã de suas obras eu já era, devido aos filmes. Mas agora quero ler muito mais King, mesmo os tijolões! Rsrss

Quem é fã de terror, fã de SK e ainda não leu Cujo, correr pra ler!!! Tá bom demais!!!
Jaqueline Silva
Carioca, mãe, apaixonada pela família e amigos, viciada em Coca-Cola, chocólatra, apaixonada por livros e filmes, estudante de enfermagem e blogueira nas horas vagas.
Amo blogar e tudo o que a literatura me trouxe. Pra mim ler é poder viajar sem sair do lugar.

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